quarta-feira, 22 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nem esquecimento, nem perdão

Caros,
ainda que tardiamente, não poderia abster-me de fazer referência ao primeiro de abril. Não o primeiro de abril dos bobos, mas o dos inescrupulosos. No dia 31 de março do ano de 1964, começava no Rio de Janeiro a quartelada que culminaria, um dia depois, na conformação do governo ditatorial. O Brasil que, diga-se de passagem, fundou sua república mediante um golpe militar, deu a largada, nos anos sessenta, a uma sucessão de rebeliões milicas em todo o Cone-sul. Fomos um dos primeiros enclaves de autoritarismo. Quase dez anos depois, estando as Forças Armadas já incrustradas no poder, oferecemos apoio político e logístico decisivo para o assassinato da democracia no Chile e no Uruguai. Em 1976 foi o vez da Agentina.
Deixo aqui uma cutucada fotográfica nessa ferida de 1964 que alguns infames tentam cauterizar grosseiramente, ignorando suas sequelas e os significados da dor que suscitou. (para verem a foto em detalhes, cliquem sobre ela)



choque de enunciados no Centro de Porto Alegre