domingo, 24 de maio de 2009

As Anti-PoA

Anti-PoA I: ir-se

Vem comigo! porque há tom monocorde de vozes que já não seduzem. Só comovem.
Vem comigo! " o eco da avidez massacrada é a efusividade vulgar.
Vem comigo! " qualquer palavra solta vira poesia.
Por isso vem! e idealizaremos.
Idealizaremos para além do substrato desesperadoramente estável de
massa fria onde uma metrópole frustrada sesteia delirante.

Anti-PoA II: prostrar-se

Aqui, lugar onde há movimento e matamorfose em sucessões [previsibilíssimas,
os avançados estetas que exigem NY podem refestelar-se em prantos patéticos.
Não deixam de ter um lugar-função.

Mas e o cafona? E os bares que vencem noites, as paredes que matam gente?
O vinho e seu bordô que estria labios?

PoA é só latência porque morre para os que dela esperamos algo. [Letárgica.
vaguarda viável duma retaguarda que jaz.
esboço precoce do que um Sul mal resolvido não pôde ser.

Difusa miragem urbana entre as decrepitudes possíveis
no presente eterno do novo mundo.

Porto de prosas encalhadas,
campo de prostrados, paradoxo austral
assentado num amnésico dever ser.

2 comentários:

Leonzito disse...

ducaralho, nego!
sodade muita...

tua poesia tem sangue, tem verdade, tem a merda cabalística das madrugadas fertéis e frias e suadas e vivas!

viva Lex! se chege pros trópykos

Alex Moraes disse...

Valeu Leon!
que saudade tua! E que tempo filhadaputa que não cede brecha para escapadas tropicais. Tenho que rever isso. Precisamos dum reencontro.