terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Eu poderia estar na Espanha, em Barcelona, mas um imprevisto mudou algumas coisas. Um desencontro desses que acontece aos milhões na nossa vida. "Um desencontro" é modéstia minha, que além dos desencontros muitos encontros aconteceram concomitantemente. Como a mulher que trabalha com minha mãe que encontrou o telefone da minha avó de piracicaba para dizer que minha mãe havia passado em um concurso interno da ceagesp, mas precisaria entregar um exame médico admissional até o dia 15 de janeiro (daqui a três dias) no departamento pessoal. Minha vó encontrou o telefone do irmão do meu pai e ligou para ele tentando encontrar a gente, mas quem nos encontrou foi uma tia do meu pai que mora no Vilar de Cunhas que recebeu uma ligação do tio Carlos que mora no Benfica dizendo que recebeu a visita da minha prima Jéssica que havia recebido uma ligação do Brasil do meu tio Miguel com a notícia. Comemoração! (depois de dez minutos) Silêncio... Como chegar a Vila Leopoldina em São Paulo até o dia 15 com um exame médico admissional? Pois é, hoje termina o segundo dia extra em Lisboa sem encontrar solução nenhuma, mas com alguns desencontros que merecem o registro.
Desencontros, eu digo, porque após alguns telefonemas minha mãe descobriu que poderia fazer o exame por aqui mesmo numa clínica que chama "unimed" (mas não é a mesma do Brasil) e enviá-lo através do fax até a departamento pessoal da ceagesp. Chegamos em Lisboa ontem de manhã e fomos até a tal clínica. Nós iríamos conhecer os arredores enquanto minha mãe iria conversar com o médico. Depois de uma hora fomos ao ponto de encontro e como minha mãe não estava lá resolvemos ir ao encontro dela na clínica, que ficava em um prédio de negócios, no quinto andar. Quando dissemos que queríamos ir na unimed o gentil homem da recepção nos respondeu: "Esse aí não existe mais. Pediram falência no começo de dezembro e têm até o final de janeiro para tirarem as coisas daqui." E fomos atrás de minha mãe que já nos procurava a um bom tempo pelos arredores da, agora antiga, clínica.
Mas não havia com o que temer, hoje meu tio Carlos disse que conhece um médico do trabalho aqui em Lisboa que poderia nos ajudar. Quando o tio Carlos ligou para ele descobriu que seu amigo e médico que nos daria a liberdade havia morrido semana passada. Não sei mais detalhes.
Os desencontros de hoje acabaram com um breve passeio pelo castelo de São Jorge com a esperança de que a consulta marcada para amanhã às seis com um outro médico aconteça e que até o dia 15 o exame médico admissional esteja na Vila Leopoldina em São Paulo e nós em algum lugar de Barcelona...

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