domingo, 19 de outubro de 2008

parece que a postagem anterior criou um efeito inibitório sobre a criação dos demais. não era essa minha intenção, mas como não medimos, ou julgamos, alguém pelas intenções e sim pelos atos, eu resolvi voltar e registrar aqui um pensamento que acabei de ter, algo para quebrar o gelo.

Hoje pela manhã, ao raiar do dia, acertei meus relógios para o horario de verão. Que segundo um conhecido meu, desses que só conversamos porque trabalhamos juntos, o horário de verão só serve para o carioca ter mais tempo de tomar sol na praia. Após acertar os relógios da casa fui-me deitar. A noite foi longa, cheia de gastos de energia, mas não posso revelá-los aqui. Dormi. Dormi muito.
Acordei, o sol já marcava o domingo como dia tedioso e pus-me a digitar lições aos alunos no computador. Imaginem meu estado: ressaca, roupa de ontem suja e suada, cabelos duros e fuziformes (quem me conhece entende), olhos semi-cerrados e por aí vai. Isso, vale lembrar que eu estava deitado... imaginaram? Nesse estado resolvi desfrutar do maior prazer que a internet me proporciona: ter vida "social" sem precisar escovar os dentes ou me arrumar, posso arrotar ou cortar as unhas do pé sem que ninguém me veja, mesmo conversando com eles pela internet, pelo msn.
Até então tudo bem, mas de repente alguem me mandou alguma coisa que eu precisava aceitar ou recusar. Como estava naquele estado de semi-consciencia turbinado pelo fato de ser domingo e de eu estar sozinho em casa, aceitei o tal convite. Em três segundos a imagem fétida de um cara aos vinte anos deitado no sofá de casa apareceu na tela do computador, e por um instante me vi de um outro ponto de vista. Então era assim que fico quando uso o computador? Isso por si só já provia uma conversa inteira e mais uma noite inteira de pensamentos sozinhos. mas o desespero de saber que a pessoa com quem eu falava também estava compartilhando daquela imagem me fez tentar desviar dos olhos da câmera enquanto tentava desliga-la. Consegui e é aqui que se instaurou o diálogo interno em mim.

Será que haverá de chegar um dia quando teremos que nos vestir, tal qual o fazemos hoje para sair, para usar a internet? credo. cada vez mais querem que meu particular se torne público! não sou famoso, mas estou cercado de câmeras que me filmam e fotografam meu carro.

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